Sempre pontual!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

AOS MEUS AMIGOS E AMIGAS

A todos os amigos e amigas que neste ano visitaram este blog, agradeço pela força e apoio, e convido para caminharmos juntos novamente no Ano Novo. Que todos tenham um ano maravilhoso de 2009. Um simples abraço... equilibra o compasso de dois corações, nutre emoções, transmite alegria, transmite calor. O corpo se cala dispensando a fala comunica somente carinho e amor. Se for machucado o coração acelerado, baterá mais lento Com o abraço apertado... Será o momento que o corpo se acalma; Mistérios da vida! Mistérios da alma! O mágico abraço mandará ao “espaço” o mal, a doença; desafia a ciência, elimina o cansaço, modifica os valores. Traz novos sabores, nova sensação: paz, amizade, disposição! Cura amargura, envia ternura, envia perdão... elimina a dor combina com amor. Abraço é remédio, é solução; pra quem sofre com depressão...

Quadro: 70x50cm

"Carro de bois" - pintura a óleo sobre tela, a partir de paisagem fotografada em Afonso Rodrigues - SLG. Conclusão do quadro: dez/2004.

Quadro: 84x55cm

Retrato de MARGARIDA. Desenho e pintura a lápis de cor, concluído em 13/10/2004.

Quadro: 80x65cm

Retrato do poeta Mário Quintana à grafite e lápis-de-cor. Desenho produzido para a Escola Dr. Mário Vieira Marques - CIEP, em 2006, para a Biblioteca Mário Quintana.

Quadro: 80x65cm

Retrato à grafite de "José", concluído em dez/2005

RETRATOS...

Quadro com desenho a lápis grafite, medindo 70x80cm, concluído em 05/12/2008, representa Dona Herminia e sua filha.

domingo, 28 de dezembro de 2008

"Terra e Fogo" - de Lourdes Toscani Cardinal

Desenho livre com pintura a lápis de cor, a capa foi criada especialmente para o livro de poemas de Loudes Toscani Cardinal. O lançamento ocorreu durante a Feira do Livro em SLG, no dia 06/12/08.

sábado, 15 de novembro de 2008

O que realmente tem valor? No mundo em que vivemos, podemos contemplar muitas coisas de grande beleza, e que, ao nos depararmos com elas, nos emocionam profundamente. E se nos descuidarmos, podemos facilmente ser enganados e emitir um parecer equivocado gerando uma inversão no juízo de valores. Então eu fico a refletir o que nesta vida tem mais valor? Serão os prédios, os bens, ou o ser humano? Pode-se tomar como exemplo um prédio muito bem arquitetado, com design ultramoderno e fachada imponente com cores combinadas. Alguém pode pensar que isso é o máximo de beleza que o ser humano pode deslumbrar. Ao apresentar a linda construção, o proprietário gaba-se dizendo: foram anos de trabalho e dedicação integral, sacrificando até mesmo o tempo dedicado à família; muito investimento, cada detalhe foi criteriosamente planejado; o valor é incalculável, não há nada mais valioso que isto. Porém, esquece-se que existem muitos outros valores bem mais elevados, como a vida, o sorriso, a amizade, o amor. Existem muitos arquitetos que poderiam projetar tal prédio e muitos outros construir ele da mesma forma. Mas o mais simples ser humano é obra de imensurável valor que somente um único arquiteto pode construir. O Seu valor em muito excede as coisas construídas pelo homem. Não são as coisas que dão sentido ao ser humano, e sim o ser humano confere significado às coisas. Um prédio, por mais lindo que possa ser, sem o calor humano nada é. O prédio contará parte da história da vida do seu proprietário somente a quem chegar até ele para vê-lo. Porém as pessoas são capazes de levar sua história de vida e suas realizações aos quatro cantos do país e até a outros continentes. É no discurso e na falta de quem conviver nele que serão emitidos os verdadeiros conceitos e pareceres dizendo se ele é apenas lindo ou é aconchegante e acolhedor, se possui somente uma bela fachada ou é um lugar bom para se viver, é muito amplo ou é frio por falta de calor humano. O lindo prédio jamais poderá dar uma palavra amiga, um sorriso, um abraço, um aperto de mão, coisas que até mesmo uma criança pode fazer. Qual o valor que atribuímos às pessoas? É superior, igual ou menor que as coisas materiais? Corremos o risco de passarmos pela vida sem descobrir o seu verdadeiro sentido, e então apenas devorá-la ao invés de saboreá-la. Certo homem, ao ser interrogado após um trágico acidente onde acabara de perder seu filho e sua esposa, desabafou: eu perdi toda minha riqueza, e se pudesse tê-los de volta, eu dedicaria mais tempo a eles. Valorize as pessoas. São elas que dão sentido a nossas apresentações no palco da vida, somente elas é que podem compartilhar conosco nossos sonhos, vitórias e temores. (Texto de José Valdir Ramos)

Água: direito de todos os seres vivos

Água – fonte de vida Patrimônio do planeta, a água é a seiva que permite a condição essencial de vida a todos os seres vivos e um dos direitos fundamentais do ser humano. Por isso, cada continente, povo, cidadão é responsável perante todos para que o acesso à fonte da vida - o direito à água – seja respeitado. Disso depende o equilíbrio do nosso planeta: da preservação da água e de seus ciclos a fim de garantir a continuidade da vida sobre a terra. Todo ser humano que usufrui deste recurso natural possui obrigação moral de conservar, proteger e repassar a água aos sucessores, presentes e futuros, tal como a recebeu de herança dos predecessores. Assim frisa o 8º artigo dos Direitos Universais da Água: “A utilização da água implica o respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo estado.” O caminho indicado consiste em evitar o desperdício, a poluição e o uso ineficiente dos líquidos. Os recursos hídricos são agredidos seriamente, pela destruição das matas que protegem os rios e pelo despejo indiscriminado de toda espécie de resíduos nocivos. Por isso há graves problemas no abastecimento, principalmente nas regiões metropolitanas, devido ao esgotamento dos mananciais. As previsões futuras são pouco otimistas, podendo gerar conflitos e guerras e, ameaçando uma das necessidades vitais dos seres vivos e a própria segurança do planeta. Segundo dados da ONU, a água contaminada causa, anualmente, em todo mundo a morte de 5,3 milhões de pessoas, a maioria crianças. Esta situação somente poderá ser resolvida com o acesso mais amplo ao saneamento básico, através de sérios investimentos da administração pública. Diante desta realidade preocupante faz-se necessária uma intensa campanha de conscientização, que comece pela escola, chamando a atenção para os riscos com que nos defrontamos, criando hábitos de utilização racional da água, de grande importância para o desenvolvimento econômico e como elemento essencial para a vida humana. A proteção aos recursos naturais, especialmente a água é acima de tudo uma questão de educação. Se pegarmos juntos, cada um fazendo a sua parte, o problema será minimizado podendo até ser resolvido. Depende de que e de quem? De todos nós, do nosso senso de planejamento, partilha e, sobretudo solidariedade. Do espírito solidário de todos depende o consumo racional e equilibrado, que deve ser levado em conta devido à distribuição desigual sobre a terra. Desta forma todos poderão ter acesso ao precioso líquido, indispensável para nossa vida.

sábado, 21 de junho de 2008

Dia Mundial do Meio Ambiente

Meio ambiente: compromisso de todos

Compromisso com o meio ambiente é compromisso com a vida. Compete aos que estão inseridos nesse meio: todos os seres vivos. Os irracionais fazem a sua parte: seu instinto de sobrevivência é suficientemente forte para que, logo ao nascer, descubram a forma de se adaptar às dificuldades e conquistar seu espaço nas adversidades, mesmo que signifique árduos momentos de luta. Eles aproveitam os recursos disponíveis que a natureza oferece e só geram conflitos quando surge uma superpopulação da mesma espécie fato que, dificilmente acontece porque o ecossistema é organizado com tal perfeição que, se não houver a intervenção da mão do homem, os demais seres vivos, por si próprios controlam o equilíbrio da reprodução vegetal e animal.

Nós, seres humanos que temos na razão a nossa força e na inteligência o nosso bem maior, instituímos “um dia especial” para cuidar do meio em que vivemos. Usamos esta força com a qual nascemos, e que deveria nos ajudar a discernir a todo instante o que pode e o que não pode ser feito para manter o ambiente bom e saudável para todos, desviamos essa potência de capacidade para criar formas de poluir e causar estragos ao equilíbrio do lugar onde vivemos nós e nossos semelhantes.

O Dia Mundial do Meio Ambiente, instituído em 1972, pela ONU – Organização das Nações Unidas - tem esse sentido: um chamado para a conscientização da necessidade de preservarmos o planeta de todos, todos os dias... de assumirmos o compromisso em cuidar, não deixando esse cuidado só aos ambientalistas. Um estudo da própria ONU revela que, se fossem mantidos os níveis de exploração dos recursos naturais da época, em 100 anos o planeta estaria incapacitado de alimentar o desenvolvimento socioeconômico da humanidade. Apesar da mobilização, o alerta continua: é preciso que cada um faça a sua parte para minimizar a degradação ambiental num mundo cuja população saltará dos atuais 6 bilhões para mais de 9 bilhões de habitantes em 2050.A partir da metade do século XX, o meio ambiente e a ecologia passaram a ser uma preocupação em todo mundo. Celebrado de várias maneiras (paradas e concertos, competições ciclísticas ou até mesmo lançamentos de campanhas de limpeza nas cidades), esse dia é aproveitado em todo o mundo para chamar a atenção política para os problemas e para a necessidade urgente de ações.

Leitura sem palavras (não verbal)

Linguagem sem palavras

Nosso mundo visual está repleto de linguagens verbais, assim chamadas por utilizarem a palavra, o “verbo”, no processo de comunicação. Porém, muito mais numerosos são os exemplos de linguagens não-verbais, constituídos de imagens, fotografias, eventos e tudo o que acontece em nossa volta que não esteja registrado em códigos.

Os dois tipos de linguagem quase sempre caminham juntos principalmente, quando se trata de publicar algo. A estrutura das informações publicitárias geralmente possui uma imagem (texto não-verbal), acompanhada de frase ou expressão curta (texto verbal), que complementa a informação. Compõem-se de diferentes símbolos que interagem para formar a mensagem.

Toda imagem criada é baseada em algum símbolo anterior, porque nada se cria do nada. Ela é formada (desenhada) na mente e projetada para o exterior. Com a linguagem verbal também acontece isso: a leitura que fazemos remete a um conhecimento do assunto a ser interpretado. Da mesma forma a produção escrita pressupõe aprendizagens anteriores e mantém relações constantes com outros códigos, já conhecidos, de linguagem verbal e não verbal.

Adquirimos a fala pelo contato social, na interação com outros seres humanos, quando ampliamos nossa visão de mundo onde vamos acumulando conhecimentos em todos os sentidos entre eles, os lingüísticos. A escrita é um aprendizado que deriva desse mesmo processo. A influência que a sociedade, a “grande massa” exerce sobre os indivíduos através da linguagem, tanto verbal como não-verbal, é muito forte. Acabamos sendo o reflexo da sociedade na qual estamos inseridos que nos molda e nos faz dependentes de diferentes grupos.

Nosso mundo contemporâneo valoriza cada vez mais o texto não verbal. As cores, a beleza das formas, a agitação de movimentos mexem com nossas emoções e conseguem perfeitamente substituir as palavras. As imagens invadem nossas residências de forma cada vez mais intensa, muito mais depressa do que somos capazes de assimilar. O processo se desenvolve de forma rápida e momentânea, diferente do que acontece com a escrita. Aí acontece que sentimos a necessidade de aprender a fazer a leitura de textos não -verbais. Começamos por situar o tema dentro do contexto, olhamos o entorno, aquilo que acompanha a imagem, prestamos atenção ao significado de detalhes, às relações com outros elementos, e só então teremos condições de ler e interpretar razoavelmente um texto não-verbal.

Às vezes o texto de imagens necessita ser complementado pelo texto escrito e vice-versa. Fatores como a imaginação do comunicador que convence o seu interlocutor, inferindo em suas emoções, fazem do texto não verbal uma forma de persuasão para as metas a serem alcançadas. Trajes, transportes, escolha de cores, modelos, tecidos, marcas (expectativas sócio-econômicas), são signos da auto-imagem, linguagens não-verbais altamente eficientes para determinada finalidade.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

A arte milenar da troca

Troca - a primeira forma de comércio
A arte milenar da troca

No dicionário enciclopédico “Conhecer” há uma breve historinha do ancestral caçador troglodita que acabou matando mais bichos do que poderia carregar. E não tinha fome suficiente para comer toda aquela carne, também não lhe agradava a idéia de jogar fora tudo aquilo que havia custado muito esforço.

Perto dali, um vizinho seu também andava preocupado com um problema de superprodução. Distraía-se fazendo potes e agora, que chegou a fome, sobravam-lhe vasilhas, mas faltava o que cozinhar dentro delas.

Ocorreu que o caçador e o oleiro se encontraram e o primeiro teve uma idéia engenhosa: ceder uma de suas caças ao oleiro. Isso poderia reduzir seu estoque, mas sem dar prejuízo, pois o outro decerto iria retribuir a gentileza, dando-lhe uma vasilha. Assim pensando, propôs a troca, que foi aceita sem pestanejar. Com a fome que estava o oleiro, daria até seus potes todos por um pedaço de carne.

Concluída a transação, cada qual seguiu seu rumo, sem suspeita de nenhum dos dois que, com aquela troca pioneira haviam criado um campo novo e importantíssimo para a atividade humana: o comércio. A partir dali em pouco tempo, cada povo foi criando e aperfeiçoando seus próprios métodos na arte de trocar e se então se tornou um hábito dos mais divulgados.

Entre os primitivos sistemas de trocas, um dos mais originais era praticado pelos pigmeus da África Central: iam, à noite nas plantações dos vizinhos e colhiam o que precisavam, deixando em pagamento, animais mortos ou outros produtos. Se os proprietários das roças estavam satisfeitos, isso nem os preocupava. O negócio tinha sido feito, pago, e pronto.

Tanto essa como outras formas primeiras de comércio tinham seus inconvenientes. A pessoa que oferecia algo tinha que interessar-se por aquilo que a outra quisesse dar em troca, caso contrário, não havia acordo possível. Além disso, quando os objetos escolhidos para a troca tinham valores diferentes, ficava difícil ajustar as contas. Foi por isso que se criou a moeda – uma medida de valor fixo, que estabelecia o preço de produtos de naturezas diferentes.

Para funcionar como padrão de troca, ou moeda, os antigos escolhiam sempre que possível materiais mais ou menos raros, atraentes e duráveis. Entretanto, o uso de objetos como moeda criava problemas. Um deles era a queda do valor monetário quando o objeto se tornava vulgar e era preciso encontrar outra coisa que o substituísse.

Por algum tempo foram usados como dinheiro o ferro e o cobre e, como se vulgarizassem, tiveram que dar lugar a metais mais raros como a prata e o ouro que ainda hoje continuam sendo usados na confecção de moedas.

Com o aumento do valor e do volume de negócios, o dinheiro metálico deixou de ser prático. Em grandes transações comerciais eram exigidas pesadas sacas de moedas, que dava um grande trabalho para transportar. Em vista dessas complicações foi que alguém teve a idéia de imprimir dinheiro mais prático, o que temos ainda hoje: cédulas em papel.


O processo da linguagem


É no cérebro que se processo o desenvolvimento da linguagem...

A linguagem é a principal ferramenta com que a sociedade educa, desenvolve, influencia e une as pessoas como um todo. É através dela que se darão as trocas entre o meio social e o indivíduo. Todo processo de aprendizagem acontece quando o ser humano faz comparações de suas potencialidades e capacidades com as de outra pessoa, a nível físico, psíquico e emocional. Com isso irá descobrindo os limites de suas capacidades numa interação com os semelhantes para desta forma, construir e moldar sua personalidade e seu caráter. A linguagem então, será a ferramenta usada para que esse processo se torne possível.


Logo ao nascer a criança não consegue comunicar-se verbalmente. Vai aprendendo aos poucos, gradativamente, ouvindo, e imitando o exemplo que o adulto dá e mostra: como se fala – falando. Assim aprende a linguagem por imitação e pela necessidade de comunicação e integração com as pessoas com quem convive. Essa necessidade é motivada pela dependência fisiológica, psíquica, emocional e social que ela tem em relação ao adulto. Quanto maior for a dependência, maior será a necessidade de usar a linguagem. Por isso, convém não satisfazer prontamente, todas as mínimas necessidades de um bebê, pois será um estímulo para ele se valer da linguagem e pedir o que precisa.


O mundo subjetivo passará a ser então constituído a partir da linguagem, dos fatos e dos acontecimentos. É com a linguagem que ele se relaciona com seus semelhantes pois permite que seus pensamentos e emoções sejam partilhados.

A linguagem no ser humano acontece quando o cérebro do bebê tiver a maturação suficiente para ser capaz de associar um objeto ou acontecimento com o som que ele produz. Para que essa capacidade seja possível, a criança necessita do pensamento e da imaginação que por sua vez dependem da palavra. Depois desse processo vem a capacidade de prestar atenção e o desenvolvimento da memória. Na prática, a linguagem influencia e produz novas conexões nos neurônios a fim de desenvolver o pensamento, a inteligência - junção da memória com a imaginação. Faz a mediação entre o som e o objeto ou acontecimento, através da fala. Ela é, em última análise, a encarregada de ajudar o indivíduo a se descobrir como pessoa, a construir sua personalidade e a estabelecer relações de coletividade com outros indivíduos.

"Má Mãe"

...Amor de mãe

No Dia das mães em forma de homenagem, recebi um e-mail com um texto interessante, produzido por um pai. Dizia o seguinte:

“Um dia quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva pais e mães, eu hei de dizer-lhes:

- Eu amei vocês o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem estão e a que horas regressarão.

- Eu os amei o suficiente por não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele amigo não era boa companhia.

- Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, por uma hora, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 5 minutos.

- Também amei o suficiente para fazê-los pagar as balas que tiraram no supermercado, e os fiz dizer ao dono: “Nós pegamos isso ontem e queríamos pagar”...

- Eu os amei o suficiente para deixá-los ver além do amor que sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

- Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

- Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).

Essas eram de todas as mais difíceis batalhas. Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também! E em qualquer dia quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva pais e mães; quando eles lhe perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:

“Sim, nossa mãe era má”. Era a mãe mais má do mundo... As outras crianças comiam doces no café e nós só tínhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerantes, comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer feijão, arroz, carne, legumes e frutas.

Mamãe tinha mesmo que saber quem eram nossos amigos e o que fazíamos com eles. Insistia conosco para que disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.

E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler nossos pensamentos.

A nossa vida era mesmo chata!

Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar até os 16 para chegar um pouco mais tarde em casa.

Por causa de nossa Mãe perdemos imensas experiências na adolescência.

Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.

FOI TUDO POR CAUSA DELA!

Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o melhor para sermos “Pais maus”, como minha mãe foi.

Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: “não há pais suficientemente maus!”

quarta-feira, 7 de maio de 2008

A arte da escrita

abc ABC abc ABC A arte de bem escrever

São quatro os tipos de letras usadas no ensino da escrita

Escrever significa traçar bem a letra como também redigir. Neste texto vale a primeira opção para complementar o texto anterior: “Do desenho à letra” que discorre sobre a evolução dos sinais gráficos ao longo da história. Baseado em reportagem de autor ignorado, publicado na revista “Conhecer” da editora Abril Cultural, podemos ver como a habilidade de traçar corretamente as letras nos diferentes povos já teve importância histórica e, à medida que ia perdendo importância foi sendo simplificada.

Toda atividade inicial da criança na escola era voltada para o treino da letra e o manuseio correto do lápis. Reproduzir linhas e “bolinhas” fazia parte da rotina da criança nas primeiras semanas de escola.

Eram quatro – e continuam sendo – os tipos de letras expostas em cartilhas e ensinadas simultaneamente. Letra de imprensa e cursiva nas formas: maiúscula e minúscula. O aluno fazia a leitura da letra de máquina e copiava em letra cursiva (à mão). Com isso ia diferenciando uma da outra.

Com o decorrer do tempo a máquina de escrever, seguida do computador foi ocupando o lugar da escrita manual dentro e fora das escolas. No mesmo ritmo foram surgindo dificuldades no ensino-aprendizagem.

O PPP – Projeto Político Pedagógico das escolas parte do princípio de que nada se recebe pronto, que tudo necessita de uma construção, inclusive o conhecimento. Os planejamentos hoje estão sendo direcionados para que o processo de alfabetização se desenvolva de uma forma mais dinâmica e lúdica, atendendo as necessidades da clientela. Sabemos que cada vez mais, a criança já vem para a escola com uma bagagem de conhecimentos adquiridos no seu mundo pessoal. Ela está em contato constante com letras maiúsculas e minúsculas de todo tipo que estimulam seu aprendizado. Diferente do que era antigamente, a criança já não espera que a professora mostre de que lado deve começar o traçado. Já vai riscando do seu jeito, adiantando o trabalho e promovendo a sua auto-aprendizagem num ritmo cada vez mais acelerado. Então, é de extrema importância que ela tenha à sua disposição os mais diversos materiais que permitam desenvolver o ser como um todo, de forma integral. Material adequado à idade como peças de encaixe, quebra-cabeças, massinhas de modelar, etc., ajudam trabalhar a motricidade ampla e fina e permitem fazer os movimentos específicos e necessários ao manuseio do lápis no ato de escrever.

Muitas vezes a criança entra na escola sabendo traçar algumas letras e enquanto a professora atende alguns alunos da classe, outros já escrevem de qualquer modo. Convém dar noções de direção, tamanho e espaço para que percebam a forma das letras e a maneira de riscar seu traçado.

Apesar de hoje não haver mais a preocupação tão acentuada em relação à escrita bonita, em nada mudou em relação ao traçado correto e legível. Para sanar casos de dificuldades, onde não é possível decifrar a letra de alunos em séries mais avançadas e, mesmo nas séries iniciais, é possível corrigir e melhorar sua aparência através de exercícios de caligrafia.

Kalli significando beleza e grafia, a escrita – caligrafia é a arte da escrita bela. E como expressão de arte, está sendo definida em nossos dias. Todos que aprendem a ler e escrever desenvolvem a sua própria caligrafia. Construída ao longo dos anos, a caligrafia é uma expressão pessoal. Paralelo a isso, a grafologia, que estuda a personalidade do indivíduo, parte do princípio de que a escrita é a expressão própria da personalidade.

Do desenho à letra

Desde que o mundo é mundo e o ser humano se conhece “por gente”, ele sabe da sua necessidade de comunicação. Há oito mil anos atrás os trogloditas já procuravam registrar para a posteridade os fatos mais significativos de sua vida – os perigos pelos quais passavam e suas façanhas de caça. Faziam-no por meio de desenhos gravados nas paredes das cavernas.. Conta a história que em certas grutas da França e da Espanha, ainda hoje se podem ver exemplos de “escrita” figurativa – cujas “letras”são as próprias imagens do homem e dos animais da época: bisões, ursos, veados, lobos, javalis, etc. Essas narrativas em murais demonstram que, embora os “escritores” da época tivessem bem pouco talento literário, dispunham de uma grande habilidade plástica, pois seus desenhos reproduziam com muita fidelidade os modelos. A arte de contar histórias por meio de figuras, criada pelo homem pré-histórico, preservou-se através dos tempos. Estava em pleno uso três mil anos depois, entre os egípcios, que já não eram primitivos, ocupados apenas em caçar e fugir dos bichos que não conseguiam abater. Viviam sim, numa sociedade organizada, já bastante complexa, e sua escrita refletia isso. Empregavam sinais capazes de exprimir as mais diversas situações e fatos. Com o passar do tempo ocorria a transformação do significado e do formato dos hieróglifos – nome dado aos caracteres egípcios que designavam objetos com os quais se pareciam. Os escribas tinham que trabalhar depressa e não podiam caprichar muito nos desenhos que faziam e, por isso, as figuras foram simplificando-se gradualmente. Mais ou menos na mesma época, desenvolvia-se na China um sistema de escrita que também fazia uso de desenhos estilizados, cada qual representando um ser, um fato, objeto ou idéia. Enquanto outros povos sintetizavam suas formas de escrita, diminuindo o número de sinais empregados para tornar mais fácil a tarefa de ler e escrever, a escrita chinesa mudou bem pouco. Até hoje os chineses utilizam milhares de caracteres para se comunicar. Os fenícios eram bons comerciantes e gostavam das coisas bem práticas. Desenvolveram um sistema de escrita composto de apenas 22 sinais. Em vez de indicar idéias completas, representavam unidades de som, as quais, em conjunto, constituíam as palavras. Viajando por toda parte, divulgaram seu sistema entre diversos povos, mas foi na Grécia que encontrou melhor recepção e condições de evolução rápida. Depois de completar e aperfeiçoar o alfabeto fenício, os gregos o deram de presente aos romanos, que o adaptaram à língua latina. No setor do manuscrito o progresso foi pequeno porém, no da escrita impressa foi enorme. O desenho das letras se modificou, a distribuição de espaços também e mil e um melhoramentos foram adotados para tornar a escrita mais clara, mais bonita e mais fácil de ler. Graças ao sistema Braille de impressão em relevo, hoje também cegos e míopes têm acesso à leitura. Em vista desta evolução, não podemos prever como será a escrita daqui a centenas de anos. Mas podemos imaginar que será algo de deixar pasmo o troglodita das cavernas – primeiro homem a dizer as coisas por escrito.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Arte Literária


Arte literária
Moacyr Scliar, escritor gaúcho, é nome forte da Literatura Brasileira. A foto, crédito do Tiaraju, é flagrante no clube Harmonia - SLG.
A literatura é uma entre tantas formas de manifestação da arte, como o são a pintura, a arquitetura, a música, a dança, a escultura. Como toda arte, ela é a transfiguração da realidade, recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros com os quais ela toma corpo e nova realidade. É uma arte verbal, isto é, o seu meio de expressão, seu recurso, a matéria prima é a palavra.
Sabemos que o uso da palavra não é um privilégio do escritor, pois ela serve como forma de comunicação para todas as pessoas. No entanto, há uma diferença entre a linguagem literária e aquela usada na comunicação diária; essa diferença está no trabalho pessoal e criativo do escritor durante a elaboração de seus textos quando faz com que as palavras ganhem novos significados, além daqueles que já possuem.
O conteúdo de uma obra literária não pode ser confundido com cenas da vida real. Os novos significados utilizados no texto literário devem ser descobertos pelo leitor, num processo ativo de decodificação do texto. O nível de compreensão dependerá da familiaridade que o leitor tem com a literatura e da sua bagagem cultural.
O escritor literário, ao elaborar o texto, não trata de tudo, apenas seleciona o que julga mais relevante e organiza o texto de modo a provocar um impacto no leitor, vai criando uma outra realidade, a realidade artística.
Muitas vezes, situações que pouco nos afetam em nossa vida diária chegam a provocar emoção quando lidas num poema ou num romance, só por serem expressas em linguagem artística.
A literatura é essencialmente ficção. Numa obra literária o que predomina é a imaginação do escritor, que goza da mais completa liberdade de criação. E para chamar a atenção do leitor sobre determinados aspectos da vida, o escritor pode criar uma história absurda, pois a presença do absurdo ou do fantástico, dá ao texto uma dimensão altamente simbólica, causando um impacto no leitor e fazendo-o refletir sobre o sentido daquela transfiguração da realidade.
A literatura como uma das formas de expressão da sensibilidade humana também participa do processo de transformação que ocorre periodicamente na vida em sociedade. Os escritores de hoje não escrevem como os do século passado que por sua vez escrevem diferente de seus antecessores e, assim por diante. A própria concepção de arte literária sofre modificações com o passar do tempo. O que um poeta do século passado escrevia nem sempre é aceito por outro do nosso século. Assim também ao compararmos as obras de autores de diversas épocas, perceberemos muitas diferenças entre elas, não só quanto à linguagem, mas também quanto ao modo de encarar a vida. Isso acontece porque a literatura é um processo contínuo, que se desenvolve acompanhando de perto as mudanças que ocorrem na sociedade. Por isso, para se compreender bem um estilo literário, deve-se estudar não só as obras mas também, a vida dos autores e a situação histórico-cultural em elas foram escritas.
Compreender essa característica da literatura é compreender por que a verdadeira obra de arte permanece através do tempo, despertando o interesse de muitas e muitas gerações de leitores.

domingo, 27 de abril de 2008

A arte de bem comer II

Quando se fala de arte na cozinha, nossa memória de imediato ativa imagens de pratos exóticos, preparados especiais para ocasiões especiais com combinações de cores e enfeites sobre uma mesa decorada com toque artístico em todos os seus elementos: pratos, talheres, guardanapos, copos, etc. Para se tornar arte, a culinária passou por um processo muito antigo que foi se desenvolvendo até transformar-se nas variações em termos de paladar e facilidades de aquisição, que encontramos nos dias de hoje. Estudos pioneiros no ramo da dietética – ciência que só surgiria mais tarde – foram feitos na “Coleção Hipocrática” – resultado de trabalhos dos séculos VI e III a.C. Ali consta que além da preocupação com a aparência e o paladar do que comiam, os gregos desenvolveram também uma grande curiosidade pelas qualidades nutritivas dos alimentos. Os povos romanos (que vieram depois), herdaram o patrimônio da cozinha grega, mas descartaram muitos dos seus costumes. Permaneceram fiéis aos seus rústicos pães chatos de farinha grossa, refugando o pão fermentado, comum na Grécia. Rejeitaram também o preconceito que os gregos tinham em relação ao leite de vaca que consideravam insalubre. Diluído em água, qualquer tipo de leite agradava aos romanos. Durante muito tempo o peixe não fez parte da alimentação dos romanos. “Comidas do mar”, não lhes agradavam. Mas, com a queda da República e o início do Império, desenvolveu-se uma gastronomia extravagante, que fez renascerem as esquecidas receitas gregas, estimulou as importações de gêneros de luxo e transformou em requinte, pratos excêntricos como ostras, que eram conservadas em “adegas” especiais, refrigeradas com gelo e neve. A opulência na alimentação, contudo, permaneceu um privilégio das classes altas. O povo – principalmente o exército – continuou durante o Império a comer praticamente o mesmo que comia durante a República: uma dieta muito parecida com a que o povo grego conhecera, séculos antes. Vimos, na edição anterior, que foi o Renascimento quem determinou o ressurgimento da culinária como arte. A rainha Catarina de Medicis, no séc. XVI, levou para a França cozinheiros italianos e introduziu um refinado capricho na alimentação. Mais tarde os reis Luís XVI e Luís XV, fizeram uma contribuição decisiva na formação da tradição culinária francesa. Veio a Revolução que botou abaixo o antigo regime e submeteu a gastronomia francesa a um abalo violento, porém, não destruiu seu prestígio e continua ainda hoje a servir como padrão ideal para aqueles que gostam de comer bem em todo o mundo. Hoje em dia, mesmo o gastrônomo de gosto mais exótico, certamente sentirá calafrios ante a idéia de comer pastéis de camundongo. No entanto, esse era dos supremos requintes da cozinha de um famoso restaurante da Idade Média. O fato é que com o tempo mudaram os gostos como também a idéia do que seja comer bem. E muitos dos métodos usados na antiguidade para a preservação de alimentos, passaram de povo a povo e chegaram aos nossos dias. Graças aos métodos científicos de conservação e aos meios de transporte rápido, o ser humano contemporâneo pode ter ao seu alcance aquilo que o mundo inteiro produz em matéria de alimento. E mesmo os habitantes das regiões mais remotas podem desta forma, garantir sempre uma alimentação variada e nutritiva.

ARTES

Artes “menores” Quando se fala de artes plásticas, pensa-se em pintura, escultura e arquitetura, que são as três grandes. Embora existam tantas outras, são menos cogitadas. Desenho, pintura e escultura são denominados “belas artes” e seus praticantes recebem o título de artistas plásticos ou visuais. Enquanto isso a ourivesaria, a cerâmica, o mosaico, a tapeçaria e outras artes igualmente belas, incluem-se noutra categoria: a das artes menores. Essa classificação às vezes se torna irônica, quando artesões habilidosos produzem peças tão magníficas que se afirmam por si mesmas como exemplos de obras-primas ao nível artístico de “arte maior”. Em todas as épocas, grandes talentos como o pintor Raffaello Sanzio, o artesão Benvenuto Cellini e Pablo Picasso têm recorrido a elas para expressar suas idéias sobre a beleza, criando obras que podem ser consideradas como arte maior. Em alguns países, em vez de artes menores, usa-se o termo artes decorativas. E, de fato, muitas delas se aplicam à ornamentação de prédios, ambientes e de obras artísticas monumentais. A diversidade de materiais e técnicas de trabalho empregados nas artes decorativas divide-as em vários grupos, cada qual com sua história, seus grandes criadores e estilos característicos – alguns com suas obras-primas, famosas no mundo inteiro. Utensílios cinzelados em metal foram usados por diversas civilizações antigas. Bandejas e taças, objetos rituais e jóias, escudos e armas, feitos de ouro, prata, cobre e ferro, constituem achados freqüentes das expedições arqueológicas. A arte da cinzelaria foi praticada intensivamente na Europa durante a Idade Média, quando surgiram obras como o altar de ouro feito pelo artesão Volvínio para a Basílica de Santo Ambrósio em Milão. Benvenuto Cellini, que viveu durante a Renascença e realizou trabalhos admiráveis no campo da cinzelaria, fez da Florença o grande centro da arte dos metais e do cinzel. Da mesma forma, elaborados adornos em ferro batido tornaram-se recursos amplamente usados na Europa durante o período medieval para a decoração de igrejas e palácios. Também nos séculos seguintes e ainda hoje, essa arte é muito cultivada na Espanha. A tecelagem é uma técnica que o homem aprendeu em tempos muito remotos. Porém a tapeçaria, que é uma tecelagem de padrões ornamentais, para adorno de paredes, surgiu no Egito antigo. Seu tecido básico é tramado com lã. Sobre ele, fios de seda, prata e ouro compõem cenas humanas, paisagens ou natureza morta. Os tapetes são feitos apenas com lã. Os persas e turcos – que são os mais famosos – caracterizam-se pelos motivos geométricos, florais ou cenas de caças. Já nos tapetes chineses, também de grande beleza, predominam os desenhos elaborados e as figuras de dragão. A tecelagem artística também produz outros tipos de tecidos adornados, para uso em vestuário e decoração doméstica. Entre nós vemos todos os dias artesanatos diversos: caixinhas, panos de prato, enfeites em em objetos; assim também, o conjunto de cestarias coloridas e as esteiras e peneiras ainda hoje confeccionadas pelas tribos guaranis da mesma forma como o faziam seus ancestrais, é um exemplo de artes menores nas raízes das missões. A grandiosidade das artes menores se torna evidente quando visitamos um castelo ou mesmo uma tribo indígena quando sua presença expõem a beleza e o bom gosto de seu povo e ao mesmo tempo preenche o grande vazio do ambiente. (Pesquisa: Revista / Enciclopédia Cultural)

Relato do Projeto

RESGATE DA ARTE BARROCA MISSIONEIRA Nasci em Caibaté onde cresci ouvindo lendas, mitos e histórias reais e fictícias da saga missioneira. Natural curiosidade fez-me conhecer mais sobre a história das Missões. Relacionado a ela, encontrei um manancial de artistas em São Luiz Gonzaga onde fixei residência em 2003. Interpretei como fruto de grandes Mostras Internacionais da Arte Missioneira realizadas no passado. Autodidata em artes plásticas, no ato do remanejo fui destinada à E. E. de Ens. Fund. Dr. Mário Vieira Marques - CIEP, para atuar como professora nas Oficinas de Artes com 3ª e 4ª séries do Ensino Fundamental. A escola localiza-se na periferia de SLG, próxima ao presídio. Os alunos provém em sua maioria, de famílias desestruturadas socialmente, bem pobres, onde o responsável sustenta a família com menos de salário mínimo mensal. Trabalham como catadores de papelão, garrafas pet, cortadores de grama e outros serviços de “picaretagem” (sem data fixa). Alguns dos alunos têm os pais presos por infrações...São crianças rebeldes, desmotivadas, sem ânimo para estudar. As professoras vivem o desafio de abrandar protestos, cenas de violência, falta de respeito, furtos, etc. e a necessidade de definir limites, procurando dar a educação básica que compete à família. Como profª de Arte, vejo nesse ramo uma forma de diminuir as penas cruciais em que vivem as crianças. Sinto-me desafiada a transmitir o gosto pela arte, em proporcionar momentos prazerosos para atenuar os conflitos que trazem de casa. Observo que em geral correspondem, mudam de comportamento. Percebo que a música os condiciona a entrar no clima de concentração... Ao trabalhar com desenho, pintura, música (canto) e dramatização, constatei em alguns alunos, bastante facilidade, interesse e natural motivação para essa arte, contrastando com as demais atividades em outras disciplinas. Desde que cheguei, observei no rostinho de vários alunos, traços bem marcantes da etnia indígena guarani. Fiz um levantamento sobre o possível parentesco com as tribos de nativos que aqui viveram no passado. Fiquei surpresa e triste ao perceber que “ninguém queria ter descendência de índio!” Houve gestos de repulsa entre as crianças de traços mais evidentes. Questionei sobre os motivos da reação de repulsa. Alegaram, prontamente: “Índio é feio, é pelado; não tem onde morar, nem o que vestir. Só vende balaios (cestos de taquara) nas ruas”. Quando soube do Projeto VIII Prêmio Arte na Escola Cidadã / 2007 através do hotsite repassado às escolas pela 32ª CRE, interessei-me pensando que “Resgate da Arte Missioneira” seria o tema ideal para valorizar a arte indígena e devolver sua auto-estima, em declínio. Resolvi colocá-lo em ação, com incentivo da escola e apoio da colega, Profª Marisa, que auxiliou com material. Além de estudar a arte como um todo, pensei em especificar o assunto e colocar o título: “Resgate da Arte Barroca Missioneira,” oportunizando aos alunos o conhecimento e destacando as características desse estilo trazido da Europa, único no Brasil e no mundo (diferente do barroco mineiro e europeu) e assim ressaltando a importância das obras criadas pelos ancestrais guaranis. O primeiro passo: pesquisar na Wikipédia, em diversos sites da internet e em livros disponíveis na biblioteca local, referentes ao assunto; base para iniciar um diálogo expositivo na sala de aula. Com as duasturmas de 4ª série, o assunto foi mais aprofundado, usei mostras de imagens e fotografias das obras existentes. Na sala de informática oportunizei a pesquisa pelo Google sobre Arte Barroca Missioneira. Para as duas turmas de 3ª série fui menos detalhista na explicação e menos exigente nos resultados. Em 2º plano, fiz um roteiro e visitei com os alunos, diversos espaços artísticos e turísticos no centro da cidade que a maioria não conhecia. A Profª Marisa aceitou acompanhar-nos. Com breve preparo, fomos ter contato direto com as obras barrocas da igreja matriz católica de cores fortes e posição de movimento em alto relevo esculpidas em madeira. Observar de perto o santo de “pau oco”, usado pelos jesuítas na dramatização para catequese. Entrevistamos o artista plástico Arno Schleder que estava pintando um quadro com tema indígena no Atelier de Artes Los Libres. Solicitamos palestra com o escultor Vinícius Ribeiro no seu ambiente de trabalho. Na Galeria Histórica os alunos puderam apreciar quadros de diversos vultos importantes e uma bela maquete, moldada em resina, modelo de planta, reproduzindo a organização das reduções jesuíticas dos Sete Povos das Missões. Visitamos também: dois museus e o Centro de criatividade “Arte Nossa”, todos com importantes fontes de pesquisa e acervos de imagens e obras de inestimável valor histórico. De volta à escola, a turma foi relatando o que viu. Diversas atividades foram desenvolvidas. Eis algumas: Estátuas em estilo barroco – reproduzir pelo desenho quadriculado nos tamanhos normal, reduzido e ampliado. Arcos e fachadas – modelagem em dois tipos de massinhas e após também com argila. Música – conhecer a letra e melodia de autores missioneiros. Quatro atividades ficaram no plano para serem desenvolvidas após o envio do relato junto com a inscrição: Resgatar a música e a melodia indígena guarani; dramatizar o Jesuíta catequizando os índios guarani; construir maquete a partir de planta-modelo das reduções e, produzir máscaras de gaze com gesso (santos contemplativos e índios). Com as atividades feitas, pude constatar que os educandos demonstraram um aumento significativo de entusiasmo e interesse em conhecer a Arte passada e presente das Missões. Percebi que foram aceitando, aos poucos, com maior prazer todas as atividades, e a partir delas, os descendentes indígenas, mudaram sua postura, construíram conceitos novos sobre os valores herdados dos ancestrais e passaram a compreender o fato de serem os seus antepassados, o alvo turístico nas missões, hoje.

Painel do Projeto

Painel montado com recortes e colagens a partir de pesquisas, passeios e estudos. Ampliação de conhecimentos sobre a Arte Barroca Missioneira.

Atelier Vinícius Ribeiro



Novidades em materiais, formas e estilos.

Atelier de Artes Los Libres

Pesquisa de material usado nas esculturas

Atelier de Artes Los Libres

Pesquisa de material usado nas esculturas

domingo, 6 de abril de 2008

Museu S. P. M.

Curador do Museu Senador Pinheiro Machado, Sr. Anderson Schmitz
mostrando novidades

Alguns participantes


Ponto de partida para desenvolver o projeto: conhecer a história.
Flagrante no Museu Arqueológico de SLG - maquete em resina
por Vinícius Ribeiro - escultor.

Profª Marisa, Lucas, Anderson, Valentim e Mateus


Descobrindo a história das missões.

Projeto: "Resgate da Arte Barroca Missioneira"

Desenho criado exclusivamente para a capa do Projeto
"Resgate da Arte Barroca Missioneira", desenvolvido
junto com os alunos de 3ª e 4ª séries do Ens. Fund. Dr.
Mário Vieira Marques - CIEP / SLG. (2007).
Concorreu e foi enviado ao VIII Concurso Arte na
Escola Cidadã, promovido pelo Instituto Arte
na Escola de SP em 2007.
Neste ano o Instituto está promovendo e já lançou o
IX Concurso de Artes.
Por ser 2008 o ANO INTERNACIONAL DO PLANETA TERRA,
haverá um destaque especial para temas de
projetos que envolvam
a natureza e o meio ambiente.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Movimento virArte

"Concurso Logotipo virArte". Ano 2003

32ª CRE - 25 anos

"Concurso Logotipo 25 anos" - ano 2005

Página 5


Olha, Dumbo - respondeu mamãe porca...

Página 4

Eis que um deles encontrou Dumbo...

Página 3

Certo dia, mamãe porca perdeu Dumbo...

Página 2

A preocupação de Dona Porca era muito grande...

Página 1

Dumbo era um porquinho
muito levado...

A Tristeza de Dumbo

Lançamento: Feira do
Livro - SLG / 2007

Rosas

Foto / Alexandre Reisdorfer

Violetas

FOGO!!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Água - fonte da vida

Água – fonte de vida Patrimônio do planeta, a água é a seiva que permite a condição essencial de vida a todos os seres vivos e um dos direitos fundamentais do ser humano. Por isso, cada continente, povo, cidadão é responsável perante todos para que o acesso à fonte da vida - o direito à água – seja respeitado. Disso depende o equilíbrio do nosso planeta: da preservação da água e de seus ciclos a fim de garantir a continuidade da vida sobre a terra. Todo ser humano que usufrui deste recurso natural possui obrigação moral de conservar, proteger e repassar a água aos sucessores, presentes e futuros, tal como a recebeu de herança dos predecessores. Assim frisa o 8º artigo dos Direitos Universais da Água: “A utilização da água implica o respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo estado.” O caminho indicado consiste em evitar o desperdício, a poluição e o uso ineficiente dos líquidos. Os recursos hídricos são agredidos seriamente, pela destruição das matas que protegem os rios e pelo despejo indiscriminado de toda espécie de resíduos nocivos. Por isso há graves problemas no abastecimento, principalmente nas regiões metropolitanas, devido ao esgotamento dos mananciais. As previsões futuras são pouco otimistas, podendo gerar conflitos e guerras e, ameaçando uma das necessidades vitais dos seres vivos e a própria segurança do planeta. Segundo dados da ONU, a água contaminada causa, anualmente, em todo mundo a morte de 5,3 milhões de pessoas, a maioria crianças. Esta situação somente poderá ser resolvida com o acesso mais amplo ao saneamento básico, através de sérios investimentos da administração pública. Diante desta realidade preocupante faz-se necessária uma intensa campanha de conscientização, que comece pela escola, chamando a atenção para os riscos com que nos defrontamos, criando hábitos de utilização racional da água, de grande importância para o desenvolvimento econômico e como elemento essencial para a vida humana. A proteção aos recursos naturais, especialmente a água é acima de tudo uma questão de educação. Se pegarmos juntos cada um fazendo a sua parte, o problema será minimizado podendo até ser resolvido. Depende de que e de quem? De todos nós, do nosso senso de planejamento, partilha e, sobretudo solidariedade. Do espírito solidário de todos depende o consumo racional e equilibrado, que deve ser levado em conta devido à distribuição desigual sobre a terra. Desta forma, todos poderão ter acesso ao precioso líquido, indispensável para nossa vida.

Desenho: Pote de violetas


Desenho criado pela observação de modelo vivo.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

III Mostra de Artes do Atelier Los Libres

O século XIX, em muitas cabeças foi atravessado pela idéia do progresso e crença de que futuro é conquista assegurada. É um período caracterizado pela velocidade de transformações e novas forças sociais que reorganizam e se unem em interesses comuns. Outra faceta do perfil daquele século é a comunicação, de forma cada vez mais visual e a necessidade de produzir imagens em maior quantidade e com mais rapidez. Até aquela época, todos os documentos e registros que ficavam para a história eram feitos através do desenho e pintura. Surge a máquina fotográfica, invenção do militar e cientista francês, Joseph Nicéphore Niépce (1765-1833) que, utilizando uma câmara escura, inventou a primeira fotografia do mundo. A partir desse prodigioso invento, e até hoje a fotografia recebe enorme destaque. Iniciando a nova era, por agir mais veloz do que o desenho e a pintura, foi criando infinidade de utilidades. Registros dos mais diversos, foram sendo deixados para a posteridade por conta da fotografia. Os fatos e acontecimentos eram reprisados através de uma câmara fotográfica. Terá a arte plástica perdido seu valor em função da fotografia? De forma nenhuma. A representação da realidade através do desenho, especialmente a natureza, não foi abalada com o desenvolvimento da fotografia. Pelo contrário: a fotografia foi incorporada ao mundo artístico como mais uma entre tantas modalidades da arte, com características próprias. No início era usada para simplesmente, reproduzir qualquer pessoa ou objeto real que houvesse sido fotografado. Com o passar do tempo e até hoje, outras formas foram sendo criadas, usando-se efeitos especiais como recortes e montagens. No assunto “arte” há infinidade de espaços para criar, inovar, comunicar, expressar-se; há também amplo espaço para integrar mais e mais artistas interessados no assunto. O Atelier de Artes Los Libres estará realizando a sua 3ª Mostra de Artes nos dias 1º e 2 de dezembro, (próximo final de semana). Cada ano há uma data reservada para esse evento e procura-se colocar sempre algo diferente. Neste ano, os integrantes do Atelier têm o prazer de trazer ao meio artístico são-luizense o jovem fotógrafo Alexandre Reisdorfer para fazer uma mostra de fotografias, juntamente com as demais atrações. A partir das 9:00hs. - horário de abertura - a 3ª Mostra do Atelier Los Libres mostrará desenho, pintura, escultura e fotografia. Os alunos do Ponto de Cultura também se farão presentes com suas pinturas e desenhos. Da mesma forma serão destaque, quadrinhos e charges. Às 17:00hs. de sábado terá oficinas com modelo vivo. Desde já deixamos o convite para toda comunidade e a cada um em particular: alunos, professores e a todos que de alguma forma apreciam a arte, pois acreditamos que o nosso trabalho só terá pleno sentido se tivermos público para apreciá-lo.

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